quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Dificuldades futuras.

Passando a frente da televisão me deparei com a notícia que a empresa Matell, fabricante de brinquedos, fez o seu terceiro recall (recolha) por ter brinquedos no mercado que podem prejudicar a saúde das crianças. O primeiro recall foi em função de pequenos ímãs que compunham alguns brinquedos que se descolavam e a ingestão de dois desses ímãs poderia levar a criança à morte, esse último caso se deu por conter excesso de chumbo na pintura dos brinquedos, substância prejudicial à saúde da criança.
Estudando Relações Públicas estou aprendendo que a responsabilidade de uma empresa ir até a mídia alertar um problema, fazer um recall e se desculpar publicamente por um erro é de extrema importância para que sua imagem não seja afetada, mas assistindo a reportagem de ontem relembrei a primeira notícia sobre recall da empresa Matell e a forma com que a notícia foi veiculada pelo programa semanal Fantástico, que não mostrou o lado preocupado da empresa em reconhecer um erro e estar disposta a ressarcir seus clientes, mas sim como uma marca não confiável para a compra de brinquedos.
É claro que já é o terceiro recall da Matell e concordo que a mídia deve atuar no importante papel de alertar o público telespectador, mas quero chamar a atenção ao primeiro recall; frases como "brinquedos que podem prejudicar a saúde de seu filho" eram anunciadas ao final de todos os blocos do programa até que por fim foi apresentado o assunto na íntegra, será que o sensacionalismo na busca da audiência levou em consideração o fato da empresa ter aberto o problema para a sociedade e estar tentando resolver da melhor forma?
Como um profissional de Relações Públicas dribla a mídia sensacionalista para que a mensagem chegue ao público de forma clara e responsável?
São questões que ainda não consigo responder, mas que dão uma absoluta certeza, levar a mensagem ao público de forma clara e sem viés é o maior desafio da profissão Relações Públicas
.

Nenhum comentário: